Quando penso em memórias, logo me
remeto às marcas deixadas pelo tempo, cicatrizes, rachaduras, vestígios de uma
história, marcas que denotam a biografia das pessoas e dos lugares através de
sua subjetividade. Como a marca deixada pelo tombo de bicicleta, como as rugas
que se desenham afirmando a idade, as mão calejadas pelo tempo assegurando que
estas são mãos de um trabalhador ou até mesmo as marcas do abandono. De uma
casa não pintada, de uma grama não aparada, de uma parede rachada. Estas marcas
são fiéis representantes da memória, que assim como uma fotografia nos faz
recordar através da imagem. E é partindo deste pensamento que compus as obras integrantes desta exposição, tendo a fotografia não como uma representação da realidade, mas como possibilidade de criação de uma nova realidade!
Marcos Cichelero - 2013
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