sexta-feira, 10 de maio de 2013
quinta-feira, 9 de maio de 2013
A heterônima da arte - Entre nostalgia e modernidade
Resenha do texto: A heterônoma
da arte - Entre nostalgia e modernidade
Por: Marcos Cichelero
Jimenez
aborda neste texto as questões estéticas propiciadas por quem ele chama de os artesões
da modernidade no século XX, Marx, Nietzsche e Freud. Esses pensadores têm em comum
o fato de tentarem compreender o papel e o significado das forças camufladas, inconscientes, que
reagem ao mesmo tempo à atividade dos homens e o devir da humanidade. Todos
eles procuram identificar os mecanismos que identificam a “evolução” da
sociedade. Para Marx esse mecanismo esta voltado as questões econômicas, para
Nietzsche este mecanismo diz respeito a questões culturais, morais e religiosas
e para Freud os mecanismos que identificam a evolução da sociedade são de cunho
psicológico. Marx Nietzsche e Freud são
abordados neste texto por Marc Jimenez porque cada um a sua maneira conserva
uma nostalgia pela antiguidade.
Para
Marx todas as nossas representações repousam sobre uma base econômica,
determinada pela produção e pelo comercio dos homens. Para ele a arte e a
cultura não são atividades transcendentais ou divinas mas sim produtos de uma sociedade organizada e
estruturada pelo intercambio econômico. Senso assim o desenvolvimento artístico
esta, pela visão de Marx, diretamente ligado ao desenvolvimento econômico. Ele
justifica que a arte que surge em uma determinada época pode agradar seus contemporâneos
porem não agradar seus sucessores. Isso não é apenas uma questão de gosto, mas
se refere ao fato das condições materiais e de produção mudarem ao decorrer do
tempo trazendo uma modificação nas formas de produção. Jimenez aponta a admiração pela Grécia antiga
que Marx apresenta devido ao efeito da cultura e da educação de sua época,
segundo Jimenez Marx é um produto de uma educação humanista e burguesa que
responde aos critérios estéticos transmitidos pela tradição.
Nietzsche
por sua vez é apresentado por Jimenez como um pesador contraditório, que diz,
se contradiz e ainda diz que se contradiz. Alem e acima de toda essa
contradição, Nietzsche é um dos primeiros psicanalistas das tensões e pulsões que
agitam a sociedade ocidental. No entanto a ideologia desenvolvida por ele foi
muitas vezes mal interpretada, chegando a ser utilizada erroneamente pelos
Nazistas.
Freud
se aprofundou no pensamento humano, buscando analisá-lo extraindo desta experiência
conclusões estéticas e psicológicas. O complexo de Édipo é considerado por
Freud como o primeiro indício de uma relação profunda entre obra de arte e o inconsciente.
Ele desenvolve teorias psicanalíticas a partir de obras de Leonardo da Vinci e
de Michelangelo. Porem o grande mérito de Freud consiste em mostrar o prazer e
o gozo que se extraem da compreensão da obra de arte. A ilusão da arte é vista
por Freud como uma consolação da para os males impostos pela realidade. A estética
de Freud é uma estética do conteúdo, onde não interessa nem os processos técnicos
de criação da obra, estes elementos são vistos apenas como um brinde de sedução
que distingue a obra de arte do sonho e a emoção estética deriva da esfera erótica.
Bibliografia:
Jimenez
, M. O que é estética? São Leopoldo,
RS. Editora UNISINOS. 1998 p. 231 a 272
terça-feira, 7 de maio de 2013
Exposição coletiva - Santa Maria: a memória através da imagem
Quando penso em memórias, logo me
remeto às marcas deixadas pelo tempo, cicatrizes, rachaduras, vestígios de uma
história, marcas que denotam a biografia das pessoas e dos lugares através de
sua subjetividade. Como a marca deixada pelo tombo de bicicleta, como as rugas
que se desenham afirmando a idade, as mão calejadas pelo tempo assegurando que
estas são mãos de um trabalhador ou até mesmo as marcas do abandono. De uma
casa não pintada, de uma grama não aparada, de uma parede rachada. Estas marcas
são fiéis representantes da memória, que assim como uma fotografia nos faz
recordar através da imagem. E é partindo deste pensamento que compus as obras integrantes desta exposição, tendo a fotografia não como uma representação da realidade, mas como possibilidade de criação de uma nova realidade!
Marcos Cichelero - 2013
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